quinta-feira, 8 de abril de 2010

tecnicas da cirugia bariatrica

CIRURGIA MISTA OU CIRURGIA RESTRITIVA/DISABSORTIVA (CAPELLA)
Técnica que combina restrição gástrica com algum grau de mal-absorção, o bypass gástrico de Fobi-Capella é a mais utilizada. Neste tipo de cirurgia, realiza-se a gastroplastia (construção de um novo estômago – pequeno estômago através de colocação de anel de contenção) o alimento passa diretamente para uma alça do intestino, sem passar pelo “grande estômago”. Uma parte do estômago e do duodeno ficam isolados da passagem do alimento. O paciente tem saciedade precoce e intolerância aos alimentos doces e gordurosos (Síndrome de Dumping).
As vantagens são: rápida perda de peso (70 % do excesso de peso em um ano); excelente resolução das doenças associadas (dislipidemias e diabetes); reeducação e aquisição de hábitos saudáveis de alimentação, evitando sintomas desagradáveis resultantes da ingestão de alimentos hipercalóricos (principalmente no 1º ano); restrição dietética moderada, com benefícios importantes a longo prazo.
As desvantagens são: maior taxa de complicações pós-operatórias imediatas; comprometimento da absorção de cálcio, ferro, vitaminas, (porém em menor grau do que nas técnicas disabsortivas); torna o estômago e o duodeno inacessíveis à investigação diagnóstica; difícil reversibilidade; moderada incidência de vômitos/regurgitação na fase de adaptação; alta tardia - recuperação lenta - grandes incisões.

Depois da anestesia geral, o especialista faz um corte no umbigo de no máximo 1 centimetro para colocar o primeiro equipamento, onde ficará a câmera de vídeo.

Além da incisão no umbigo, são feitas outras duas na barriga - ás vezes três - com cortes de meio a um centímetro, para passar os outros instrumentos da cirurgia.

Um tubo passa pelo equipamento do umbigo para encher a cavidade abdominal de gás carbônico. O gás é essencial para afastar as alças do intestino. que podem atrapalhar a operação.

Pelo local por onde passou o tubo, é colocada a microcâmera de vídeo que mostrará as imagens da cavidade abdominal em uma tela de televisão. A câmera fica até o fim.
Além dos aparelhos que ficam no abdome para passar a câmera e os instrumentos da cirurgia (pinças, bisturis, tesouras, etc), há todo um equipamento que controla as reações do paciente e a pressão do gás dentro do abdome.





Operação


O médico especialista não realiza a cirurgia sozinho. Ele conta com o apoio de um ou dois outros médicos auxiliares, além de um enfermeiro. A cirurgia exige muita delicadeza, pois os movimentos são avaliados apenas pela tela da televisão.




História


A videolaparoscopia foi desenvolvida pelos alemães na década de 80. A primeira cirurgia feita no Brasil foi de vesícula biliar, em 1990, em São Paulo, e em Brasília em 1991 no Hospital Santa Lúcia. Na Europa e nos Estados Unidos, cerca de 70% das cirurgias abdominais são feitas com videolaparoscopia. O treinamento para lidar com tal equipamentos é feito em porcos ou em bonecos.




Vantagens


O sangramento, quando feita a videolaparoscopia, praticamente inexiste. Na maioria das vezes, gazes são suficientes para estancar o sangue. O tempo do pós-operatório diminui em três vezes. O uso de antibióticos, antiinflamatórios e anestésicos é bem menor. O risco de se formar hérnia abdominal - que aparece quando um corte de uma cirurgia tradicional deixa a parede do abdome mais fraca e esta cede com esforço físico - cai em cinco vezes. Diminuem pela metade os riscos de infecção, graças às incisões mínimas e ao pouco sangramento.

Como o trauma da cirurgia é bem menor, as chances de se formar aderência entre órgãos - quando o tecido de um órgão se fixa ao de outro - ficam reduzidas em cinco vezes. O pós-operatório é bem mais rápido e a pessoa volta a andar logo. Isso reduz as chances de acontecer o que se chama de tromboembolia (formação de coágulo no pulmão, que pode ser fatal). Por fim, há muita vantagem estética, pois as cicatrizes quase não aparecem.




Contra-indicação


Quem tiver insuficiência cardíaca grave não pode fazer essa cirurgia. As complicações que podem acontecer são: lesão na alça abdominal e em vasos sanguíneos.

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